O que é o Novo Ensino Médio?
No tempo do antigo Ensino Médio, havia uma ânsia por transformação. Os resultados de aprendizagem estavam aquém do esperado e o modelo adotado, pouco flexível e com muitas disciplinas desarticuladas, já não atendia às expectativas dos estudantes, dos professores nem dos gestores escolares.
Mas como transformar o Ensino Médio em uma etapa escolar mais atraente, engajadora e significativa para os jovens?
Foi a busca por essa resposta que levou à criação do Novo Ensino Médio. Em 17 de fevereiro de 2017, foi publicada a lei nº 13.415, propondo mudanças fundamentais nessa etapa escolar a fim de aproximá-la da realidade dos estudantes.
Como se fosse a certidão de nascimento do Novo Ensino Médio, o documento coloca os jovens como protagonistas de suas próprias escolhas. A proposta dá ao estudante mais espaço e tempo de aprendizagem, indo ao encontro das novas demandas e complexidades do mundo do trabalho e da vida em sociedade.
Entre as principais novidades trazidas pelo Novo Ensino Médio estão:
- mudança da organização curricular, propiciando maior flexibilidade, já que antes seguia-se como modelo um currículo pouco flexível com 13 disciplinas;
- ampliação do tempo mínimo do estudante na escola, passando de 2,4 mil horas para 3 mil horas, o que viabiliza a diversificação da formação, com foco nas competências socioemocionais;
- ampliação do protagonismo juvenil, pois além da formação geral básica, comum para todos, os estudantes podem fazer escolhas, optando por percorrer caminhos de formação, os chamados itinerários formativos, que estejam em sintonia com seu projeto de vida, interesses e necessidades.
Quer saber mais? Clique aqui e acesse a página do Ministério da Educação.
- O que são os itinerários formativos?
Essa é uma das definições que você encontrará para a palavra “itinerário” ao consultar um dicionário:
“Roteiro de viagem ou o percurso que se pretende seguir ou que será feito de um local a outro”.
Note que o termo tem o mesmo significado de roteiro, percurso, trajeto, caminho. Por isso, quando falamos sobre os itinerários formativos propostos pelo Novo Ensino Médio, estamos nos referindo aos possíveis roteiros, percursos, trajetos, caminhos que os jovens poderão percorrer durante a formação nesta etapa escolar.
Pense em quando você está viajando para um lugar desconhecido e precisa escolher um caminho para seguir. Normalmente, esse caminho é resultado de um conjunto de ruas, avenidas, estradas, com pontes, viadutos, túneis e tudo mais, certo?
O mesmo vale para o caso dos itinerários formativos. Em vez das ruas, avenidas e estradas, os estudantes escolherão um conjunto de situações e atividades educativas, composto por disciplinas, projetos e oficinas, de acordo com seus interesses e necessidades. É possível aprofundar e ampliar a aprendizagem em uma ou mais dessas opções:
I - linguagens e suas tecnologias;
II - matemática e suas tecnologias;
III - ciências da natureza e suas tecnologias;
IV - ciências humanas e sociais aplicadas;
V - formação técnica e profissional.
Como a educação híbrida pode ajudar a implementar o novo Ensino Médio?
O documento de criação do Novo Ensino Médio já estabelece que as atividades oferecidas aos estudantes podem ser realizadas de forma presencial – mediada ou não pela tecnologia – ou a distância. Abre-se, assim, a possibilidade para a educação híbrida.
Essa modalidade educacional propicia a integração de momentos presenciais e de momentos remotos, nos quais é recomendado que exista a supervisão de um tutor. Por meio da educação híbrida, as escolas poderão ampliar a capacidade de ofertar itinerários formativos aos estudantes, que, por sua vez, terão mais opções de escolha.
Além disso, como a educação híbrida deve ser flexível no tempo e no espaço, os estudantes passam a ter maior autonomia para definir seu próprio ritmo e trajeto de aprendizagem.